21 fevereiro 2011

DAC História

Olá alunos!

este ano vamos desenvolver um espaço para os alunos da Disciplina de Apoio Curricular e neste espaço vamos debater alguns assuntos relevantes sobre a nossa disciplina.
É importante lembrar que este espaço é somente uma extensão da sala de aula , que não isenta você das participações da sala de aula é claro vai ajudar você com pontos extras e te iluminar quando pensar que está perdido nas nossas aulas. ok
Vamos tentar trocar idéias por aqui e pelo email dac_historia@yahoo.com.br

Fique sempre de olho pra saber as novidades e ficar por dentro do que está rolando em seu grupo e na sala de aula.
Algumas atividades seram postadas no blog pra te ajudar se tiver dúvidas não deixe de me procurar na escola.

um forte abraço,
Professora Elaine

04 setembro 2007

D. Pedro II assume o poder

A Assembléia Nacional, entretanto, tinha poderes para antecipar a maioridade de D. Pedro. Foi, então, fundado o Clube da Maioridade, organização política cujo objetivo era lutar pela antecipação da maioridade do príncipe a fim de que ele pudesse assumir o trono. O Clube da Maioridade teve o apoio das classes dominantes e uniu políticos progressistas e parte dos regressistas. Em 1840, a Assembléia Nacional aprovou a antecipação da idade do príncipe Pedro de Alcântara. Era a vitória do Clube da Maioridade. Assim, o jovem Pedro foi aclamado imperador, como título de D. Pedro II, em 23 de julho de 1840. Iniciava-se o Segundo Reinado, período que durou quase meio século (1840 a 1889).

As disputas entre liberais e conservadores

Por volta de 1840, os políticos regressistas criaram o Partido Conservador. E os progressistas constituíram o Partido Liberal. Esses dois grupos dominaram a vida pública brasileira durante todo o Segundo Reinado (1840-1889). Devido à exigência de rendas, só 1% da população brasileira tinha direito ao voto. Os liberais e conservadores desenvolveram uma fórmula que trouxe estabilidade política ao Segundo Reinado.

A violência e a fraude nas eleições

Após assumir o poder, D. Pedro II escolheu para o seu primeiro ministério do governo políticos do Partido Liberal, que tinham lutado pela antecipação de sua maioridade. Como participavam do ministério os irmãos Andrada e os irmãos Cavalcanti, ele ficou conhecido como Ministério dos Irmãos. Bandos de capangas contratados pelos liberais invadiram os locais de votação, distribuindo cacetadas e ameaçando de morte os adversários políticos. Além disso, houve muita fraude na apuração dos Votos, substituindo-se umas autentica por outras com votos falsos. Os liberais venceram na base da fraude e do espancamento. As eleições ficaram conhecidas como eleições do cacete. Em São Paulo e Minas Gerais, em 1842, os políticos do Partido Liberal revoltaram-se. Os líderes dos liberais eram Tobias de Aguiar e Diogo Antônio Feijó (em São Paulo) e Teófilo Ottoni (em Minas Gerais). O governo imperial, por meio das tropas comandadas por Luís Alves de Lima e Silva, o futuro duque de Caxias, derrotou. Essa revolta liberal e prendeu os líderes do movimento. Só em 1844 esses líderes foram anistiados.

O parlamentarismo no Brasil

Em 1847, a criação do cargo de presidente do Conselho de Ministros assinala o começo do parlamentarismo no Segundo Reinado. Esse presidente seria o primeiro-ministro, isto é, chefe do ministério e encarregado de organizar o Gabinete do governo. Como funcionava o parlamentarismo no Brasil? Após a realização de uma eleição, D. Pedro II nomeava para o cargo de primeiro-ministro um líder político do partido vencedor. Este líder montava o Gabinete ministerial que, em seguida, era apresentado à Câmara dos Deputados em busca de um voto de confiança (aprovação pela maioria dos parlamentares).

O quadro econômico

A herança colonial e o moderno durante o segundo reinado

No decorrer do século XIX, principalmente no período de 1850 a 1900, o Brasil viveu grandes transformações: • O centro econômico do país deslocou-se das velhas áreas agrícolas do nordeste para o centro-sul. • O café tornou-se o principal produto agrícola do país. Superaram todos os demais produtos como açúcar, tabaco, algodão e cacau. • Nas fazendas de café de São Paulo o trabalho do escravo foi sendo substituído pelo trabalho assalariado do imigrante europeu (italianos alemães etc.). • O dinheiro obtido com a venda do café foi aplicado na industrialização do Brasil. Surgiram inicialmente indústrias alimentares, de vestuário e de madeira. • As cidades se desenvolveram e surgiram importantes serviços urbanos (iluminação das ruas, bondes, ferrovias, bancos, teatros, etc.).

Café: o novo ouro brasileiro

O café foi introduzido no Brasil por volta de 1727. A princípio, era um produto sem grande valor comercial. Utilizava-se o café como bebida destinada apenas ao consumo local. Entretanto, a partir do início do século XIX, o hábito de beber café alcançou grande popularidade na Europa e nos Estados Unidos. E crescia rapidamente o número de consumidores internacionais do café. O clima e o tipo de solo do sudeste brasileiro favoreciam amplamente o desenvolvimento da lavoura cafeeira. O país tinha disponibilidade de novas terras e já contava com a mão-de-obra escrava, que foi deslocada para a cafeicultura. Com todos esses recursos, o Brasil tornou-se em pouco tempo o principal produtor mundial de café. De 1830 até o fim do século, o café foi o principal produto exportado pelo Brasil. Os grandes lucros gerados pela exportação do café possibilitaram a recuperação econômica do Brasil, que tinha suas finanças abaladas desde o período da Independência, devido à queda das exportações agrícolas.

30 outubro 2006

Processo de Indepência do Brasil (2.colegial)

O período que abrange os anos de 1822 a 1831 ficou conhecido como o Primeiro reinado. Foi um momento bastante conturbado da história brasileira, marcado por crises de natureza econômica, social e política.
O imperador iniciou o processo de organização do Estado brasileiro, através da criação de órgãos burocráticos e administrativos, a criação de um exército permanente e a elaboração de leis constitucionais. Mas foi com relação ao problema em torno das prerrogativas do poder governamental, que o conflito político se manifestou.
O Partido Brasileiro se dividiu entre duas facções: a conservadora e a liberal. Os conservadores desejavam a criação de um governo fortemente centralizado, com uma monarquia dotada de amplos poderes. Os liberais desejavam a criação de uma monarquia constitucional e a descentralização administrativa e autonomia das províncias.

A Constituição de 1824

As divergências ideológicas no seio do Partido Brasileiro deram margem à ascensão do Partido Português, que passou a apoiar as pretensões de dom Pedro 1º de ter seus poderes ampliados. Em maio de 1823, foi convocada uma Assembléia Constituinte, que restringiu os poderes do imperador.
D. Pedro reagiu, determinando a dissolução da Assembléia Constituinte. Em seguida, o imperador constituiu o Conselho de Estado, integrado por dez pessoas, que ficaram encarregados de elaborar uma nova Constituição. Desse modo, surgiu a Constituição outorgada de 1824.
Em seus aspectos mais importantes, o texto dessa Carta assegurava: uma rígida centralização do poder; um governo monárquico e hereditário; o catolicismo como religião oficial; o poder do Estado sobre a Igreja; o voto censitário e eleições indiretas. Estabelecia também a divisão dos poderes, criando o Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador.

A Confederação do Equador

A Constituição outorgada de 1824 causou profundo descontentamento das camadas sociais gerando uma grande rebelião sediciosa. A Confederação do Equador foi o resultado de uma revolta que eclodiu em Pernambuco, mas que rapidamente se espalhou por várias províncias do Norte e Nordeste. As províncias do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Piauí, juntaram-se a causa dos confederados. Entre seus líderes, estavam Cipriano Barata e Frei Caneca, veteranos da revolta pernambucana de 1817.
A Confederação do Equador foi assim denominada porque uniu algumas províncias que se situavam próximas à linha do equador. Teve como principal objetivo lutar pelo estabelecimento do federalismo e da República. Assim como aconteceu com outras rebeliões, as divergências internas do movimento facilitaram a repressão organizada pelo poder central. Dom Pedro 1º. reuniu tropas e derrotou os rebeldes.

Estados Unidos e Inglaterra

Com relação à política externa, dom Pedro 1º. negociou com as nações estrangeiras o reconhecimento da independência do Brasil. Os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecê-la oficialmente. Não obstante, a adoção da forma de governo monárquico e as tendências absolutistas do imperador brasileiro gerou resistência ao reconhecimento da independência do Brasil por outros países americanos recém libertos do jugo colonial.
Na Europa, por outro lado, as nações conservadoras se opunham ao reconhecimento da independência de qualquer ex-colônia. A Inglaterra, porém, desempenhou um papel de mediadora, nas negociações para o reconhecimento internacional da independência do Brasil. Obteve deste modo, inúmeras vantagens comerciais. Foi por intermédio da Inglaterra que, em 1825, Portugal reconheceu a independência brasileira em troca de uma indenização de dois milhões de libras.

Sucessão portuguesa

Fatores como a repressão às rebeliões internas, a crescente insatisfação da população e das elites agrárias, a manutenção dos poderes absolutistas do imperador, e a crise da economia agro-exportadora, provocaram o declínio do primeiro reinado. Mas em 1826, a sucessão do trono português acabou por se transformar no estopim de uma crise política interna que levou dom Pedro 1º. a abdicar. Naquele ano, morreu dom João 6º. O herdeiro natural do trono era dom Pedro 1º, mas ele cedeu a Coroa portuguesa para sua filha, Maria da Glória.
A tentativa de seu irmão dom Miguel de se apossar do trono desencadeou uma guerra civil em Portugal. O envolvimento de dom Pedro 1º. no conflito sucessório português, através do apoio financeiro para manter sua filha no trono, gerou protestos de amplos setores da imprensa brasileira.
A oposição da imprensa foi violentamente reprimida, culminando com o assassinato do jornalista Líbero Badaró. Daí em diante, sucederam-se os conflitos de rua entre partidários do imperador e opositores da monarquia. Pressionado, dom Pedro 1º. viu como a melhor solução a abdicação. No dia 7 de abril de 1831, o imperador abandonou o trono brasileiro. Seu filho de apenas cinco anos herdou o trono. Sem poder assumi-lo, porém, teve início o período regencial.

Conclusões

A independência do Brasil foi um movimento de emancipação negociada, da qual participaram as classes abastadas, composta pela burguesia comercial e pelas elites agrárias. As camadas populares foram marginalizadas do processo decisório. A independência teve limites políticos, sociais e econômicos bastante evidentes. Pois não se constituiu num projeto de ruptura radical com as relações de dominação então vigentes na sociedade brasileira. Como queriam os conservadores e as elites agrárias, assegurou-se a manutenção da grande propriedade exportadora e o trabalho servil. Manteve-se também o regime monárquico.

24 agosto 2006

Revolução Inglesa (Parte 1) - 2. colegial

cNo início dos anos 1600, a Inglaterra apresentava-se como um país em desenvolvimento e expansão. Nos reinados do século anterior, de Henrique 8º e Elizabeth 1ª, o território foi unificado, a nobreza foi colocada sob controle, a ingerência do para e da Igreja católica fora afastada pela criação da Igreja anglicana. Desse modo, os britânicos já disputavam com os espanhóis os domínios coloniais na América Central e Caribe.
No entanto, Elizabeth 1ª, da dinastia Tudor, não deixou descendentes e subiu ao trono, em 1603, Jaime 1º, da dinastia escocesa Stuart, unindo as coroas da Inglaterra, da Irlanda e da Escócia. O rei, entretanto, pretendia governar sem o Parlamento, a quem cabia o poder de direito, de acordo com a Carta Magna de 1215. No entanto, o rei podia convocá-lo somente quando julgasse necessário e, assim, exercia o poder de fato.
Sua justificativa para exercer o poder absoluto baseava-se na teoria da origem divina do poder real (absolutismo). Nesse sentido, Jaime 1º ressalta os aspectos católicos do anglicanismo que corroboram essa teoria. Quanto ao Parlamento (Câmara dos Comuns), que reunia a burguesia urbana e os produtores rurais progressitas - setores de crescente importância econômica ignorados pela Coroa -, aderiu em sua maioria ao puritanismo, uma seita calvinista (protestante).
O rei versus o Parlamento
Foram constantes o confronto entre o rei e o Parlamento, em especial no que se refere aos impostos criados pela Coroa, havendo ainda questões sob a forma de ocupação da Irlanda e as perseguições religiosas. Destas últimas resultou o início da emigração para a América do Norte.
Em 1625, Jaime 1º. Foi sucedido por seu filho Carlos 1º que, com a Inglaterra envolvida em guerras externas, viu-se forçado a convocar um Parlamento que já lhe era de antemão hostil. Este, em troca de seu apoio, exigiu o controle da política financeira, o comando do exército, bem como a regularidade na convocação do Parlamento.
Em retaliação, o rei dissolveu o Parlamento e passou a governar com o apoio da Câmara Estrelada (tribunal formado por nobre de sua confiança). Além disso, reprimiu os dissidentes - em especial religiosos - o que aumentou a emigração para a América. Para submeter a todos, promovendo uma união religiosa, procurou impor o anglicanismo também à Escócia. Os escoceses se rebelaram e invadiram o norte da Inglaterra.
A Revolução Puritana
A crise forçou o rei a convocar o Parlamento em 1640. Este destituiu a Câmara estrelada, despojou o rei de sua autoridade e aprovou uma lei que tornava obrigatória a sua convocação a cada três anos, independentemente de determinação do monarca. No ano seguinte, uma revolta na Irlanda católica foi o estopim da Revolução.
O Parlamento se recusou a entregar o comando do exército destinado à reconquista da Irlanda a Carlos 1º. Este não se conformou em perder o comando das forrças armadas: com um grupo de apoiadores, invadiu o Parlamento e tentou prender os líderes da oposição. Não conseguiu. Foi forçado a se retira de Londres e refugiou-se em Oxford, onde reuniu um exército de 20 mil homens, formado por uma parte da burguesia financeira, que temia qualquer desordem, e por aristocratas que ainda usufruíam dos benefícios feudais.
Os "cabeças redondas" e a República
Teve início uma guerra civil que iria durar de 1642 até 1645. No Parlamento, surgiu um líder político e militar que se destacaria na história da Grã-Bretanha e que ainda hoje desperta paixões e polêmicas no país: Oliver Cromwell. Originário dos grupos de produtores reais progressistas, puritano, homem de personalidade forte e carismática, Cromwell organizou o exército do parlamento segundo um novo modelo ("New Model Army").
Tratava-se de uma organização mais democrática, em que a ascenção se dava por mérito e os soldados participavam de comitês que tomavam decisões. Eram os chamados "cabeças redondas", devido ao modelo de elmo que usavam. No rastro do Novo Exército, surgiu também um partido, os niveladores ("levellers"), pequenos proprietários que defendiam a república, o direito de voto e de representação no Parlamento a todos os homens livres, o fim dos monopólios reais, isto é, o livre comércio, a separação entre a Igreja e o Estado.
Em 1645, Carlos 1º foi preso. Setores do Parlamento, porém, assustados com as pretensões dos niveladores, que tentavam tomar o controle do exército, resolveram se unir ao rei. Este, porém, aproveitou a situação para fugir para a Escócia, em cujo Parlamento acreditava obter proteção. Ledo engano: foi entregue aos ingleses, que o decapitaram, proclamando a República, em 19 de maio de 1649.

21 agosto 2006

Reforma e Contra Reforma 2.colegial

A crise do feudalismo, o renascimento comercial e urbano, bem como a mentalidade humanista que se desenvolveu simultaneamente a essas transformações econômicas e sociais, não podiam deixar de ter implicações no âmbito religioso. Se no mundo medieval a Igreja católica exercera uma hegemonia em diversos planos da vida em sociedade, é compreensível que o fim da Idade Média abalasse as estruturas dessa mesma Igreja.
Em primeiro lugar, sob o aspecto econômico, é preciso ter em mente que o mercantilismo ou capitalismo comercial se assentava sobre um processo de acumulação do capital, enquanto o catolicismo condenava a usura, os juros e o lucro. Em segundo lugar, politicamente, com o fortalecimento das monarquias nacional, era necessário submeter a autoridade da Igreja à autoridade dos reis e até expropriar parte de seus bens, angariando-os ao tesouro real.
Finalmente, é importante lembrar que, no final da Idade Média, a Igreja vivia um momento de grande decadência espiritual, que se traduzia nas mais diversas imoralidades, que iam das práticas sexuais ao comércio de objetos sagrados e relíquias (na maioria das vezes falsas) e à venda de indulgências (ou seja, do perdão para os pecados). A degradação não se limitava ao baixo clero, chegava aos papas, que promoviam guerras, tinham filhos naturais e viviam em meio ao luxo e à riqueza, sustentada pelos fiéis. Do mesmo modo, as ricas famílias italianas passaram a intervir nas eleições papais, interessada no poder político que a Igreja ainda exercia na Europa.
Protesto e ruptura
Em meio a esse panorama crítico, no início do século XVI, começaram a eclodir manifestações de protesto e ruptura que transformaram a estrutura eclesiástica e a doutrina da salvação, promovendo uma renovação no Cristianismo, cujas implicações não se limitariam ao continente europeu.
Cronologicamente, o primeiro movimento reformista ocorreu em Wittemberg, Alemanha, onde o monge e professor de Teologia Martinho Lutero apresentou suas 95 teses condenando a Igreja romana. Suas denúncias, afixadas na porta da catedral da cidade, iam além das questões práticas e questionavam dogmas religiosos. Para Lutero, por exemplo, a salvação da alma dependia exclusivamente da fé e não das ações dos fiéis (que eram julgadas pelos padres).
Luteranismo
O culto luterano primava pela simplicidade, ao contrário do católico, e apenas dois dos sacramentos do catolicismo foram conservados por ele: o batismo e a eucaristia, considerada como representação do corpo e do sangue de Cristo - e não como o milagre da transubstanciação, pelo qual Jesus se materializa no pão e no vinho.
Excomungado pelo papa em 1520, Lutero contou com o apoio dos príncipes alemães, que pretendiam libertar-se da influência papal e do imperador germânico, que era católico. Refugiado no castelo de Wartburg, sob a proteção do duque Frederico da Saxônia, o reformador traduziu a Bíblia para o alemão e escreveu diversos panfletos, arrebanhando um número significativo de seguidores, chamados de protestantes.
Reforma calvinista
Enquanto isso, na França, uma outra reforma estava em andamento. O teólogo João Calvino, influenciado pelo pensamento de Lutero, distanciava-se da Igreja católica. Foi obrigado a deixar o país e refugiar-se em Genebra, na Suíça, onde organizou uma nova Igreja, baseada em leis rígidas e intolerantes, publicando suas "Ordenanças Eclesiásticas", em 1541. Suas idéias rapidamente chegaram à França, Holanda e Inglaterra (onde receberam o nome de puritanismo).
As reformas propostas por Calvino são mais radicais que as de Lutero. Ele também acreditava na salvação pela fé - esta, porém, não dependia do fiel, mas de Deus conferi-la aos seus eleitos. Tendo como base da crença apenas as Sagradas Escrituras, o reformador franco-suíço simplificou ainda mais o culto, transformado em comentários à Bíblia, feitos por sacerdotes sem paramentos, em igrejas sem imagens.
Igreja anglicana
Também na Inglaterra uma reforma ocorreu, mas aí as questões políticas e econômicas predominaram sobre as religiosas. Usando como pretexto a recusa do papa ao pedido de anulação de seu casamento com Catarina de Aragão, que não lhe dava um herdeiro, Henrique 8o rompeu com Roma, submetendo a Igreja inglesa ao Estado, ou "nacionalizando-a", através do Ato de Supremacia. A reforma anglicana, porém, só se consumaria no reinado de sua filha, Elisabeth 1, que deu ao anglicanismo um conteúdo protestante (calvinista) e uma forma católica, em termos de hierarquia e cerimonial.
O avanço do protestantismo conduzia a Igreja católica a uma crise sem precedentes em sua história. O papado percebia a necessidade de uma reforma, o que, de acordo com a tradição católica, exigia a realização de um concílio (reunião dos bispos, presidida pelo papa, para deliberar sobre questões de fé, costumes, doutrina ou disciplina eclesiástica). Para isso, foi decisivo o surgimento da Companhia de Jesus, fundada por Inácio de Loyola, em 1534, e confirmada seis anos depois pelo papa Paulo 3o
Contra-reforma
Os jesuítas encarregaram-se de organizar o Concílio de Trento - uma cidade do Império Germânico próxima à fronteira com a Itália -, que se inciou em 1545 e se estendeu até 1563. Antes disso, contudo, foram restaurados os tribunais da Inquisição - o Santo Ofício, que agora - e não na Idade Média como se costuma pensar - iria desenvolver ações violentas de repressão aos judeus, protestantes e todos os que se considerassem hereges. Com isso, conteve o avanço do protestantismo na Itália, na Espanha e em Portugal.
O Concílio de Trento reforçou a autoridade do papa e restabeleceu a disciplina na Igreja, especialmente pela criação de seminários com a função de formar padres. Também foram criados um Missal e o Catecismo oficial da Igreja católica. A partir daí, desenvolveu-se a Contra-reforma, que combateu os protestantes não só através da repressão do Santo Ofício, mas também da educação, com a criação de colégios de ensino primário e secundário, assim como da catequese nos países da Ásia e da América do Sul.
Coloquem dúvidas nos comentários e na sala de aula eu volto a explicar

18 agosto 2006

Pólis - Cidades Estados / 1. colegial


Esparta
Política
A Constituição de Esparta, segundo a tradição, foi escrita por um legislador chamado Licurgo, personagem de existência duvidosa que teria vivido no século IX a.C. Conforme a Constituição, o governo da cidade era composto pelos seguintes órgãos:
Diarquia: dois reis hereditários, membros de famílias diferentes e igualmente importantes. Teoricamente, possuíam enormes poderes. Na prática, decidiam sobre questões ligadas à religião ou à guerra.
Gerúsia: Conselho de Anciões, formado por 28 membros vitalícios, com mais de 60 anos, e pelos dois reis. Esses conselheiros eram chamados gerontes. A Gerúsia propunha leis, decidia nas questões de política externa (guerra e paz, por exemplo) e julgava causas criminais. Apela: Assembléia dos Cidadãos. Dela só participavam espartanos com, no mínimo, 30 anos. Essa assembléia votava em emendas e sem discussão as propostas da Gerúsia. Seus votos podiam ser anulados pelos gerontes.
Eforato: grupo formado por cindo éforos, eleitos por um ano pela apela. Os éforos fiscalizavam os reis, dirigiam a administração e a economia da cidade, e podiam, inclusive, contrariar leis antigas. O eforato era, portanto, o órgão mais poderoso de Esparta. Sociedade Para manter o domínio sobre as populações e as terras conquistadas, as primeiras gerações de espartanos decidiram que a sua sociedade ficaria dividida em três camadas:
Espartanos: eram descendentes dos dórios, apesar de constituírem uma minoria, eram os únicos a ter direitos políticos.
Periecos: Eram na sua maioria descendentes dos aqueus. Dedicavam-se principalmente ao comércio e ao artesanato.
Hilotas: descendiam dos messênios e de outros povos conquistados. Eram escravos pertencentes ao Estado e cultivavam as terras dos espartanos.
Economia
A principal atividade econômica de Esparta era a agricultura fundamentada na exploração dos hilotas. A prática de comércio esteve bastante restrita em virtude do difícil acesso ao mar. Além do que a própria fertilidade do solo espartano, que parece mais produtiva do que outras regiões do território gregas, permitiram que seus habitantes garantissem seu sustento sem a necessidade de realizarem importações.
Atenas
Sociedade
Os jônios ocuparam a Ática, península com poucas terras férteis e litorais recortado, por volta do século X a.C. Numa colina dessa península, a poucos quilômetros do mar Egeu, fundaram a cidade-Estado de Atenas. A sociedade ateniense dessa época era formada pelos eupátridas (grandes proprietários de terá), georgói (pequenos proprietários) e dimiurgos (artesões especializados). Existiam ainda os assalariados e um reduzido número de escravos que trabalhavam nas propriedades dos eupátridas.
Política
Inicialmente, o governo da cidade era exercido por um rei, que era ao mesmo tempo chefe militar, juiz e sacerdote, e cujo poder era limitado por um Conselho de Nobres. Pouco a pouco, a nobreza, foi concentrando enormes riquezas em suas mãos, o que lhe permitiu praticamente anular o poder do rei. O governo da cidade passou a se exercido pelo Arcontado, um conjunto de magistrados escolhidos pelos eupátridas de maior prestígio. Atenas deixava de ser uma monarquia e passava a ser uma oligarquia. Por meio de uma série de reformas aplicadas à cidade de Atenas a partir do século 508 a.C., Clístenes criou um regime que ficou conhecido como democracia. Deixando a sim a oligarquia para a democracia, ou seja, o poder na mão do povo.
Economia
A base da economia consistia na agricultura fundamentada em um regime escravocrata, ou seja, a mão-de-obra escrava sustentava a produção. As atividades comerciais também faziam parte da economia ateniense, sobretudo a partir do processo de colonização, quando a cidade se torna um grande centro comercial.
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